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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sou um viciado



Tu em mim, eu em ti, como um só corpo.
Olhos nos olhos, falando amor.
Mão na mão, para espreitarmos o toque da pele.
A vida que passa por nós cheia de esperança e vontade de ficar.
Eu em ti, tu em mim como dois corpos fundidos pelo anseio e pela lembrança profunda de um desejo incompleto, inacabado.
A vida a passar depressa, a ansiedade do jamais não se extingue.
Nós em nós, como em uníssono sentindo que existem dias eternos, momentos raros. Por vezes, dias raros vividos ao lado de momentos eternos.
Os nossos olhos colocados nas estrelas, postos numa recordação e a mão no peito que dói.
O padecer por uma vida que passou sem nos dar uma oportunidade de desvendar que os nossos corpos foram esculpidos para amar. E eu amo-te com a força que não tenho, com os meus passos incertos e trôpegos.
Amo-te com raiva. Amo-te com desespero e ânsia de ti. Amo-te com uma ternura louca. Amo-te sem-fim.
A saudade volta a tocar nos nossos corações e pinta-os de novo de vida, de eternidade, e de esperança.
Faz-se mundo de novo. Todavia sinto-me preso pelas grades da cela do medo.
Mas, a tinta volta a enxugar e as fissuras tornam a surgir nas paredes do coração. Odeio-me mais que a mim mesmo.
No entanto adoro os meus vícios. Preciso deles. Tenho-lhes afeição.
Sabem o que há entre um homem e o seu vício? Tudo e nada.
Dormimos com ele. Vivemos com ele. Respiramos com ele. Faz parte da pele. Faz parte de nós.
Não nos larga. Nunca. Senão não era um vício.
Qual é o meu vício? Outro cigarro, outro Eu, outra vida.
Meu Deus! Trago tantos segredos de amor nas pontas dos dedos e não tenho corpo onde os deixar.
Sou dono de dunas de memórias inquietas.
Mas, o brilho da lua não chega para as acalmar.
E é tão breve a essência do mundo no infinito do teu olhar.
Enorme o meu peito quando se abre dentro da palavra.
E, quando me tocas no silêncio que a minha boca encerra, beijas-me subtilmente o desejo de te ter, sem te ter.


Sou um viciado de ti.


6 comentários:

continuando assim... disse...

still loving yoy...
neste caso para sempre :)

gostei


bj tresa

Milhita disse...

Há quem chame vicio, dependencia... Se equivalermos aos gestos estupidos a que nos forçamos diariamente, para nos enquadrarmos, não parece menos que humano.
A mim, ecoa uma voz de palavras sentidas, mais que racionais. Algo que nem todos sentem, quem ama, somente. Só assim se entende

Anónimo disse...

Oi, Descobri seu blog e adorei :)
BjO!

Abraço-te disse...

Que seja um vicio saudavel

Abraço-te

Luz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
S* disse...

Um vício dificil de combater... gosto de amar, mas dói tanto...