Não há nada como uma ida à praia para, me pôr bem-disposto! O sol a abraçar-me a pele, a areia nos cantos mais recônditos do nosso corpo e foi com este pensamento que ao fim do dia me dirigi à praia.
Sinto-me no fim do mundo, porque nesta praia quase vazia, parece que estou completamente só. Sento-me numa duna, abraço as pernas e aplaco o mar com o meu olhar. Num devaneio olho para o lado e vejo-a sentada noutra duna a cerca de dez metros de mim.
"Não é possível!" Penso para comigo, quase espantado por existir. Mas é verdade estás ali, no mesmo local que eu, à mesma hora, sem que nada o previsse.
Sorris-me, como se adivinhasses a minha surpresa, ou a esperasses há já muito tempo.
Enquanto me sorris, eu levanto-me e vou ao teu encontro.
- Olá mulher linda. Disse eu sorrindo.
- Tive saudades tuas. Dizes com um sorriso de olhos, aqueles em que me perdi na primeira vez que te vi.
Pego-lhe num fio de cabelo, que sorrateiramente se esgueirava para dentro do vestido e puxa-o para fora. Brinco com ele, enrolando-o nos dedos.
Deixei escorregar, a mão ao de leve pelo seu peito, em seguida pelos ombros, pelo pescoço, traçando os contornos, como se as minhas mãos fossem um lápis.
- Quero desenhar-te.
- Já o estás a fazer. Diz ela com a voz quase em surdina.
- Mas quero desenhar-te toda. A minha mão continua traçando linhas já existentes, até às suas pernas.
Destapo-lhe o resto do seio, que indiscretamente se mostrava, e toquei-o, fazendo pequenos círculos à sua volta, deixando-o rijo, arrepiado e enchendo-a de desejo.
Preparo-me para a beijar e nesse instante, com toda a agilidade ela foge. Corro atrás dela, e nem hesito em ir apanhá-la ao mar.
Já na água, o meu braço molda-lhe a cintura enquanto ela solta risos de criança, e pegando-a ao colo, coloco-a novamente na areia.
Deito-a na areia e o meu corpo cobre o dela. Olha-me com insistência e essa imensidão de olhos é devastadora para a minha alma, pois invade-me como jamais o senti.
Nem sequer dá para evitar deixar que isso transpareça. Penso em a beijar, tocar, acariciar e que o amor se fará naquela praia (deve ser o que desejo), mas surpreendeu-me, pois abraçou-me e disse-me ao ouvido que esperou por mim a vida inteira.
Em seguida, levantou-se, secou o corpo embebido em água que o vestido absorveu, pegou-me na mão e conduziu-me perto do seu carro.
- Esperei por ti a tarde inteira naquela duna. Sabia que virias até cá, como sei que nos vamos voltar a ver?
- Mas, como sabias que viria aqui? Perguntei eu.
- Li o teu pensamento, ainda antes de o teres pensado.
Beijei-a e sorri com um ar de ternura, enquanto lhe afago os cabelos, para logo a seguir me afastar lentamente, olhando para aquela imagem que ia ficando menor à medida que me afastava.
Há, pelo menos uma certeza que tenho, é que nos voltaremos a ver.
(Só espero que da próxima vez, pelo menos consiga desbloquear-me e perguntar-lhe o nome...)
Afinal nem a voltei a ver nem fiquei a saber o seu nome.
Sinto-me no fim do mundo, porque nesta praia quase vazia, parece que estou completamente só. Sento-me numa duna, abraço as pernas e aplaco o mar com o meu olhar. Num devaneio olho para o lado e vejo-a sentada noutra duna a cerca de dez metros de mim.
"Não é possível!" Penso para comigo, quase espantado por existir. Mas é verdade estás ali, no mesmo local que eu, à mesma hora, sem que nada o previsse.
Sorris-me, como se adivinhasses a minha surpresa, ou a esperasses há já muito tempo.
Enquanto me sorris, eu levanto-me e vou ao teu encontro.
- Olá mulher linda. Disse eu sorrindo.
- Tive saudades tuas. Dizes com um sorriso de olhos, aqueles em que me perdi na primeira vez que te vi.
Pego-lhe num fio de cabelo, que sorrateiramente se esgueirava para dentro do vestido e puxa-o para fora. Brinco com ele, enrolando-o nos dedos.
Deixei escorregar, a mão ao de leve pelo seu peito, em seguida pelos ombros, pelo pescoço, traçando os contornos, como se as minhas mãos fossem um lápis.
- Quero desenhar-te.
- Já o estás a fazer. Diz ela com a voz quase em surdina.
- Mas quero desenhar-te toda. A minha mão continua traçando linhas já existentes, até às suas pernas.
Destapo-lhe o resto do seio, que indiscretamente se mostrava, e toquei-o, fazendo pequenos círculos à sua volta, deixando-o rijo, arrepiado e enchendo-a de desejo.
Preparo-me para a beijar e nesse instante, com toda a agilidade ela foge. Corro atrás dela, e nem hesito em ir apanhá-la ao mar.
Já na água, o meu braço molda-lhe a cintura enquanto ela solta risos de criança, e pegando-a ao colo, coloco-a novamente na areia.
Deito-a na areia e o meu corpo cobre o dela. Olha-me com insistência e essa imensidão de olhos é devastadora para a minha alma, pois invade-me como jamais o senti.
Nem sequer dá para evitar deixar que isso transpareça. Penso em a beijar, tocar, acariciar e que o amor se fará naquela praia (deve ser o que desejo), mas surpreendeu-me, pois abraçou-me e disse-me ao ouvido que esperou por mim a vida inteira.
Em seguida, levantou-se, secou o corpo embebido em água que o vestido absorveu, pegou-me na mão e conduziu-me perto do seu carro.
- Esperei por ti a tarde inteira naquela duna. Sabia que virias até cá, como sei que nos vamos voltar a ver?
- Mas, como sabias que viria aqui? Perguntei eu.
- Li o teu pensamento, ainda antes de o teres pensado.
Beijei-a e sorri com um ar de ternura, enquanto lhe afago os cabelos, para logo a seguir me afastar lentamente, olhando para aquela imagem que ia ficando menor à medida que me afastava.
Há, pelo menos uma certeza que tenho, é que nos voltaremos a ver.
(Só espero que da próxima vez, pelo menos consiga desbloquear-me e perguntar-lhe o nome...)
Afinal nem a voltei a ver nem fiquei a saber o seu nome.
Texto: In Ano Louco
Imagem: Google
1 comentários:
Bom gostei do texto .
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