Sempre que te dispo e experimento a tua nudez envergonhada, envolve-me uma sensação de êxtase por te ver alinhada ao meu lado.
Rasgo com as unhas rentes, muito devagar, o tempo que cessa.
Alimento a paixão dos dias e noites que nos funde aos poucos quando nos envolvem os lençóis esverdeados de esperança.
Absorvo-te o sumo das palavras que escorrem agora pelos meus dedos que me ensopam os cinco sentidos.
Vejo o teu corpo ondulado cercar o meu, como raízes aéreas que me inundam com a tua seiva. O suor a gotejar pelo teu ventre por mim descoberto, por mim flagelado.
Ausculto o arfar do desejo que emana como um fogo farto no teu peito e, que finda num gemido inexprimível.
Cheiro o odor a suor repleto de moléculas de prazer espicaçado pelo movimento da maré do amor.
Sinto a oscilação desse teu corpo em harpejo como um pentagrama de uma só linha que me exibe o teu canto Gregoriano, numa só melodia.
Provo-te com o delírio do “umami” da tua carne, o doce da tua pele sedosa de trigo, o amargo a fel da míngua da minha vida, a acidez untuosa da minha pobre existência, o salgado das tuas lágrimas de emoção que se soltam nos olhos do teu coração.
E quando te abandonas nos meus braços, deixo de ver, encoberto pelas lágrimas de sal, sempre que sinto o reflexo em cada lua cheia.
Tu perdida em êxtase por me ter, no labirinto da minha existência, fazes-te a fêmea outrora adormecida e surge a mulher sem máscara, já desfolhada de roupas e incertezas.
Mas hoje só quero a ausência como companhia, e o silêncio como alento.
Faz por esquecer quem eu sou, neste instante e para sempre, porque eu hei-de esquecer-te, tal como o amor se esqueceu de nós.
Mas como diz o poeta:
“Enquanto não há amanhã... Ilumina-me!”
Rasgo com as unhas rentes, muito devagar, o tempo que cessa.
Alimento a paixão dos dias e noites que nos funde aos poucos quando nos envolvem os lençóis esverdeados de esperança.
Absorvo-te o sumo das palavras que escorrem agora pelos meus dedos que me ensopam os cinco sentidos.
Vejo o teu corpo ondulado cercar o meu, como raízes aéreas que me inundam com a tua seiva. O suor a gotejar pelo teu ventre por mim descoberto, por mim flagelado.
Ausculto o arfar do desejo que emana como um fogo farto no teu peito e, que finda num gemido inexprimível.
Cheiro o odor a suor repleto de moléculas de prazer espicaçado pelo movimento da maré do amor.
Sinto a oscilação desse teu corpo em harpejo como um pentagrama de uma só linha que me exibe o teu canto Gregoriano, numa só melodia.
Provo-te com o delírio do “umami” da tua carne, o doce da tua pele sedosa de trigo, o amargo a fel da míngua da minha vida, a acidez untuosa da minha pobre existência, o salgado das tuas lágrimas de emoção que se soltam nos olhos do teu coração.
E quando te abandonas nos meus braços, deixo de ver, encoberto pelas lágrimas de sal, sempre que sinto o reflexo em cada lua cheia.
Tu perdida em êxtase por me ter, no labirinto da minha existência, fazes-te a fêmea outrora adormecida e surge a mulher sem máscara, já desfolhada de roupas e incertezas.
Mas hoje só quero a ausência como companhia, e o silêncio como alento.
Faz por esquecer quem eu sou, neste instante e para sempre, porque eu hei-de esquecer-te, tal como o amor se esqueceu de nós.
Mas como diz o poeta:
“Enquanto não há amanhã... Ilumina-me!”
4 comentários:
com os sentidos todos!
gostei de ler :)
beijo
teresa
Um texto tão bonito que me alberga o espirito numa noite estrelada e desprovida de sono.
Um abraço.
E assim são os sentimentos, intensos!!!!
Lua cheia, meia, nos sentidos que se soltam em compassos que se esboçam. Hoje ausente no tempo que antes nos enchia.
Somos volantes, inconstantes, carentes do que em nós, se anuncia sem expressão.
É bom retornar e ler-te.
Um abraço de sempre
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