Considero-me um homem silente.
O “não” dificilmente faz parte do meu glossário do dia-a-dia. Nunca o questionei, mesmo quando percebia que estava errado.
Acostumei-me a ficar na sombra, quieto, bem sossegado.
Na escola, sentava-se na última carteira, escondido. Em casa, isolava-me no meu quarto, no meu mundo. Foi sem dúvida alguma um colossal erro.
O mais espantoso é que ninguém considera a minha presença importante. Talvez não a seja mesmo!
Os meus companheiros sempre foram os livros. Amava-os. Mesmo mudos podiam falar. Não tinha muitos, mas os que tinha, eram suficientes para me fazer sonhar.
Cultivei assim o gosto de brincar com as palavras, de desabafar com as frases do meu desencanto.
A noite é a minha confidente, a lua, a minha eterna amante, as estrelas iluminam a minha galáxia de desilusão.
Amigo sinto saudades de sorrir. Saudades de partilhar a fracção oculta da minha existência.
Todos os dias de manhã, as pálpebras permanecem fixas ao meu mundo. As pernas inertes recusam-se a caminhar.
A custo e sem estímulo aninho-me junto ao espelho da casa de banho. Tenho de avançar. Necessito viver. Mas a imagem reflectida lança-me a negação da minha acanhada vontade.
Hoje especialmente olhei-me nos olhos fixamente. Após alguns minutos experimentei o frio do gueto onde habito percorrer-me as veias, até me rasgarem o coração.
As pernas vacilavam como poáceas fustigadas pelo vento forte da inércia, do desencanto.
Partilhei com o espelho, a dúvida, o sabor da incerteza e o medo do futuro sempre tão incógnito.
Como resposta apenas obtive o som da água que em cascata caía do lavatório já apinhado.
Fui assaltado pelo cônscio que existe num dos hemisférios do meu cérebro. Reconheço que o tempo age e transformava os seres, mas as esperanças mantêm-se firmes.
Conheci-te há muito amigo, se assim te poderei chamar, muitas vezes atenuas-te a pressão do meu dia-a-dia.
O “não” dificilmente faz parte do meu glossário do dia-a-dia. Nunca o questionei, mesmo quando percebia que estava errado.
Acostumei-me a ficar na sombra, quieto, bem sossegado.
Na escola, sentava-se na última carteira, escondido. Em casa, isolava-me no meu quarto, no meu mundo. Foi sem dúvida alguma um colossal erro.
O mais espantoso é que ninguém considera a minha presença importante. Talvez não a seja mesmo!
Os meus companheiros sempre foram os livros. Amava-os. Mesmo mudos podiam falar. Não tinha muitos, mas os que tinha, eram suficientes para me fazer sonhar.
Cultivei assim o gosto de brincar com as palavras, de desabafar com as frases do meu desencanto.
A noite é a minha confidente, a lua, a minha eterna amante, as estrelas iluminam a minha galáxia de desilusão.
Amigo sinto saudades de sorrir. Saudades de partilhar a fracção oculta da minha existência.
Todos os dias de manhã, as pálpebras permanecem fixas ao meu mundo. As pernas inertes recusam-se a caminhar.
A custo e sem estímulo aninho-me junto ao espelho da casa de banho. Tenho de avançar. Necessito viver. Mas a imagem reflectida lança-me a negação da minha acanhada vontade.
Hoje especialmente olhei-me nos olhos fixamente. Após alguns minutos experimentei o frio do gueto onde habito percorrer-me as veias, até me rasgarem o coração.
As pernas vacilavam como poáceas fustigadas pelo vento forte da inércia, do desencanto.
Partilhei com o espelho, a dúvida, o sabor da incerteza e o medo do futuro sempre tão incógnito.
Como resposta apenas obtive o som da água que em cascata caía do lavatório já apinhado.
Fui assaltado pelo cônscio que existe num dos hemisférios do meu cérebro. Reconheço que o tempo age e transformava os seres, mas as esperanças mantêm-se firmes.
Conheci-te há muito amigo, se assim te poderei chamar, muitas vezes atenuas-te a pressão do meu dia-a-dia.
Contigo folguei, contigo estudei, contigo viajei, cantei e chorei.
Quando se fala em sentimentos, a palavra amizade germina e tudo circunda à volta dela.
Amizade não passa afinal de uma palavra que define muito, mas que nem sempre, significa aquilo que demonstramos e praticamos.
Dizemos que um gesto vale por mil palavras. Todavia não ouvi uma palavra, nem deslumbrei um simples gesto da tua parte.
Quando o astro-rei brilha, quando o céu está azul, desprovido de nuvens é fácil ser amigo, difícil é, quando existe a necessidade de o demonstrar nos momentos mais delicados da vida como num céu cerrado de nuvens negras que se agrupam como que aconchegadas conferenciando sobre a vida cá em baixo, que vai correndo à sua revelia.
Nas horas difíceis e de provação, nos minutos tristes e de sofrimento, tu não estiveste. Onde estavas afinal?
Amigo preocupa-se, luta, estende a mão mesmo em silêncio, confia. Oculta os segredos mais íntimos, que outrora desabafamos.
Amigo é aquela que afronta de uma molde ordeiro os problemas de frente sem necessidade de se esconder.
Amigo não deixa de ser homem se compuser um pedido de desculpas.
Amigo não se compra, conquista-se! E acredita, que a decepção de uma amizade é muito dura. Tão dura quanto a perda de um amor.
Amizade verdadeira existe? De facto estou cada vez mais céptico.
Como é possível alguém que se diz amigo, ferir verbalmente sangue do meu sangue? Será por as silhuetas serem idênticas. Sofrem ambas do mesmo mal.
O respeito, a humildade, o estar sempre tudo bem. Se soubesses como me sinto? Como uma andorinha a quem partiram uma asa.
Pois é… Amizade confiante é aquela para todos os instantes, nos momentos de alegrias ou de dor.
Para mostrar amizade não é necessário um banquete na mesa redonda para evidenciar que estamos todos ao mesmo nível, tal Cavaleiros da Távola Redonda. Para mim basta-me um naco de pão oferecido com generosidade e de coração aberto.
Desculpem-me aqueles que estão a ler este desabafo, mas é preciso arejar, estou cansado de ser um palhaço, submisso a esta falsa afeição. Mas as atitudes perduram no tempo. A vida é madrasta e quando menos se espera prega-nos uma partida. É amigo, Ele não dorme.
Agora volto ao meu mundo. Está na hora de ajeitar a noite para que durma de novo o amor pela vida que mesmo paupérrima perdura.
Não quero perder a fé. Não quero perder a esperança, mas resta-me apenas viver com o eco do silêncio a ruir no espaço vazio onde me encontro!
Mas nada foi surpresa… apenas me deixei ir no absinto e na inércia da minha aceitação.
Quando se fala em sentimentos, a palavra amizade germina e tudo circunda à volta dela.
Amizade não passa afinal de uma palavra que define muito, mas que nem sempre, significa aquilo que demonstramos e praticamos.
Dizemos que um gesto vale por mil palavras. Todavia não ouvi uma palavra, nem deslumbrei um simples gesto da tua parte.
Quando o astro-rei brilha, quando o céu está azul, desprovido de nuvens é fácil ser amigo, difícil é, quando existe a necessidade de o demonstrar nos momentos mais delicados da vida como num céu cerrado de nuvens negras que se agrupam como que aconchegadas conferenciando sobre a vida cá em baixo, que vai correndo à sua revelia.
Nas horas difíceis e de provação, nos minutos tristes e de sofrimento, tu não estiveste. Onde estavas afinal?
Amigo preocupa-se, luta, estende a mão mesmo em silêncio, confia. Oculta os segredos mais íntimos, que outrora desabafamos.
Amigo é aquela que afronta de uma molde ordeiro os problemas de frente sem necessidade de se esconder.
Amigo não deixa de ser homem se compuser um pedido de desculpas.
Amigo não se compra, conquista-se! E acredita, que a decepção de uma amizade é muito dura. Tão dura quanto a perda de um amor.
Amizade verdadeira existe? De facto estou cada vez mais céptico.
Como é possível alguém que se diz amigo, ferir verbalmente sangue do meu sangue? Será por as silhuetas serem idênticas. Sofrem ambas do mesmo mal.
O respeito, a humildade, o estar sempre tudo bem. Se soubesses como me sinto? Como uma andorinha a quem partiram uma asa.
Pois é… Amizade confiante é aquela para todos os instantes, nos momentos de alegrias ou de dor.
Para mostrar amizade não é necessário um banquete na mesa redonda para evidenciar que estamos todos ao mesmo nível, tal Cavaleiros da Távola Redonda. Para mim basta-me um naco de pão oferecido com generosidade e de coração aberto.
Desculpem-me aqueles que estão a ler este desabafo, mas é preciso arejar, estou cansado de ser um palhaço, submisso a esta falsa afeição. Mas as atitudes perduram no tempo. A vida é madrasta e quando menos se espera prega-nos uma partida. É amigo, Ele não dorme.
Agora volto ao meu mundo. Está na hora de ajeitar a noite para que durma de novo o amor pela vida que mesmo paupérrima perdura.
Não quero perder a fé. Não quero perder a esperança, mas resta-me apenas viver com o eco do silêncio a ruir no espaço vazio onde me encontro!
Mas nada foi surpresa… apenas me deixei ir no absinto e na inércia da minha aceitação.
"Devemos comportar-nos com os nossos amigos do mesmo modo que gostaríamos que eles se comportassem connosco"
Autor: Aristóteles
6 comentários:
e o Aristóteles é que tem razão
mas ...as atitudes ficam sempre para quem as toma :)
força amigo
excelente música !
bj
teresa
Ola, uma Boa Noite!
Nao tem que pedir desculpas coisa nenhuma, o que eu estava a querer dizer é que a carta foi mesmo ABERTA pelo meu pai, de certeza, porque da p perceber que voce a fechou!
Quanto ao pedido da nossa querida Luz, é claro que aceito.. se nao se importar que transcreva as suas palavras, obvio!
Quanto a este Texto, fez-me lembrar um Poema que escrevi, faz quase 2 anos... e que lhe vou dedicar:
Original´s Friends
São amigos com talentos nunca vistos,
Em que as conversas é daquilo que gostam,
São as ideias a palpitar,
Pessoas “Inteligentes” que se gostam!
Não há lugar para a “mesquinhice”,
Nem para a hipocrisia!
Debate-se uma ideia, teoria …
Que se reflecte em cada um!
Isto sim, a verdadeira amizade…
Na qual nunca duvidarei,
No quanto simples e rica sempre serei,
Por vos ter em mim por toda a eternidade!
Haverá sempre lugar para perdoar,
Por mais difícil que seja.
Pois o que mais importa não é o erro,
Mas sim o puro arrependimento!
Amigo é, aquele que luta pela União,
Aquele que te diz para perdoares,
Aquele que não julga o próximo,
Aquele que permanece no “Coração”!
Por isso, “Amigo” o és ou o serás…
Não importa, nunca é tarde!
Isto são simplesmente palavras,
Que apenas simbolizam a tão dita AMIZADE!
Espero que goste e que continue a acreditar na AMIZADE, porque eu continuarei...
Uma Boa Continuação,
beijinhos
Gostei muito daquilo que li. Percebi cada palavra, revi-me em muitas.
Eu digo muitas vezes," se gostam de mim, respeirem o meu silencio".
E assim acontece...
Fantastico 2010.
Um beijo.
Maria
Excelente...
Bom ano
Abraço-te
Olá, nao poderia deixar de vir ao seu cantinho desejar-lhe uma optima passagem para 2010... Espero que no ano que se aproxima a esperança e o sonho seja uma constante na sua vida. Desejo de igual forma um ano cheio de projectos concretizados. Obrigado por esta partilha de texto fabulosa.
Parabens por mais este texto lindo...
Beijinhos:)
Susana
Nem sempre apetece sorrir.
E hoje não me apetece tentar.
Mas apetece-me deixar-te um abraço.
flordeliz
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