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segunda-feira, 29 de junho de 2009

TU e EU


Naquele dia acordei um pouco melancólico. Diria mesmo... triste! Se me perguntassem as razões dessa melancolia. Eu mesmo não saberia responder.
Depois do duche e do habitual pequeno-almoço (sumo de laranja natural, cereais integrais com leite e café sem açúcar) meti-me no carro e conduzi sem rumo.
Quando dei por mim estava na orla da cidade. O sol e a cor da areia contrastavam com a vegetação.
O mar estava fantástico, calmíssimo! Resolvi parar o carro. Saí, caminhei um pouco pela areia, acabando por me deitar. Cogitando nos meus pensamentos e envolvido naquela calmaria da maresia, deixei-me adormecer...
"Lembro-me da sensação incomodativa de pequenas gotículas de suor na minha testa e no meu corpo. Olhei ao meu redor. Não se via vivalma. A praia estava completamente deserta!”
Resolvi dar azo a um desejo meu e despi-me, mergulhando no oceano.
“Afinal que perigo poderia advir? Não estava eu só naquela praia?”
O choque frio das ondas envolvia o meu corpo como um banho revigorante.
Nadei um pouco. Que sensação agradável! De repente, sentia-me de novo no ventre materno. Eu, tal como vim ao mundo, aquele mar infindável e Deus.
Ao fim de algum tempo, já cansado, nadei em direcção à praia.
Deitado de barriga para baixo, sentia a rebentação das ondas no meu corpo! Que sensação incrível.
Eis senão, quando, olhando em direcção às minhas roupas, ali estavas tu, com um sorriso malandro nos lábios.
Um pouco desconcertado, escondi com as mãos a parte mais íntima do meu corpo perguntando-te com um calor no corpo molhado...
- Mas, e agora?
Respondeste com um sorriso nos lábios, um misto de simpatia, carinho e ironia:
- Calma! Deixa-te ir, relaxa...
Fiquei sem saber o que dizer, um pouco constrangido com a minha nudez, porque isso dos homens não sentirem pudor com a nudez, não passa quanto a mim, de um mito.
Quase de seguida (para mim esse espaço de tempo pareceu uma eternidade), levantaste-te sempre sem tirar os olhos de meu corpo e começaste a despir-te.
Eu não parava de tremer e, o teu corpo, também já ele nu, deixava-me perdido de emoções.
Completamente despida de preconceitos, mergulhaste no oceano deixando-me só, deitado na areia.
Parecias uma sereia dos mares. Quanta beleza, e sensualidade.
Depois de algumas braçadas nadaste na minha direcção. Colocaste os braços em torno do meu pescoço e beijaste-me... sôfrega.
Correspondi ao teu beijo, entregando-me. Senti tua língua, preguiçosamente explorando a minha boca. Beijo ardente, beijo carente, beijo de entrega total. Beijo, carinho, ternura... SEDUÇÃO!
Enquanto me beijavas, as minhas mãos iam percorrendo o teu corpo. De repente, ergui-te no meu colo e, como se de uma peça de porcelana se tratasse, transportei-te para a areia com todo o carinho.
Deitei-te, com suavidade, com imensa sensualidade, como que a preparar aquela que muito rapidamente se tornaria minha mulher.
Sorvendo com a tua boca, todas as gotículas de água salgada que "vestiam" o meu corpo, iniciaste um ritual de desejo e loucura. Primeiro no pescoço, descendo pelos ombros e, finalmente... quanta paixão!
Acordei. Minha boca com o teu sabor... com o sabor do mar.
Sinto-me molhado... meu corpo húmido e o desejo de te ter!
Como te quero! Vem, meu Amor. Amemo-nos em uníssono. Ensina-me a amar como nunca me amaram.
Dois corpos num só, vibrantes de desejo até ao êxtase. Quero-te. Mas penso que te perdi.



In "Ano Louco"


Imagem:Google

1 comentários:

Parapeito disse...

:)
palavras que se agarram á pele.
Gostei do toque****